Parapan: Daniel Dias e Vinícius Rodrigues contam como próteses de alta tecnologia melhoram seus desempenhos.
Seja para competir ou se preparar para as competições atletas paralímpicos possuem um apoio extra: as próteses mais tecnológicas do mundo.
Um dia depois em que se comemora o Dia do Atleta Olímpico, 23 de junho, também é um dia significativo no calendário olímpico mundial. Marca dois meses para o início dos VI Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, que acontecem de 23 de agosto a 1 de setembro, 12 dias após os Jogos Panamericanos. Essa é a fase em que a preparação e a ansiedade aumentam para todos os atletas olímpicos brasileiros. Foco, muito treino e suor são rotina para quem passa anos se preparando para momentos como esse.
Não seria diferente para os atletas paralímpicos que além de passar por todos os desafios, ainda contam com um fator extra: contar com suas próteses para melhorar o desempenho. É o caso de Vinicius Rodrigues, atleta de 23 anos, que pela primeira vez irá participar dos Jogos. Se engana quem pensa que ele é novato. Vinícius é campeão brasileiro nos 100 metros desde 2015 e recordista mundial nessa modalidade com a marca de 11s99. Além de toda preparação com treinos diários, preparo físico, ele também conta com a prótese do pé esquerdo de alto rendimento para acompanhar seu ritmo e desempenho.
“Eu corro com a prótese Ottobock desde meus primeiros passos. Me dei muito bem com o alinhamento, extensão e flexão dos joelhos. Sempre foi uma prótese que me acompanhou, quando eu corria mais rápido ela respondia. Com a evolução para o modelo 1i91, consegui encaixar bem mais rápido e melhorar minha passada. Melhorei meu recorde, coisa de meio segundo, só de ter mudado a lâmina da prótese. Batemos o recorde depois de quatro anos de trabalho. Vou chegar ao Parapan-Americanos sendo recordista mundial”, explica Vinicius, que possui parte da perna esquerda amputada por conta de um acidente com moto e, hoje, com prótese compete em alto rendimento, colecionando vitórias e se tornando exemplo de superação.
“É um sonho que se realiza, poder cantar o hino e ver a bandeira subir, vai ser muito emocionante. Deve passar um filme na cabeça. Porque a jornada é que deixa mais gostoso ganhar a medalha. A gente lembra de tudo que passou”. O foco do atleta é conquistar medalhas para garantir vaga para Tóquio 2020.
A prótese do Vinícius é da indústria alemã Ottobock, líder mundial em próteses de alto desempenho e apoiadora internacional dos Jogos Parapan-Americanos e das Paraolimpídas. Para prática esportiva, a prótese do Vinícius é de alta tecnologia com inteligência artificial, composta de três partes: liner em copolímero e encaixe em fibra de carbono, joelho hidráulico 3S80 e lâmina de corrida Sprint 1E91.
“Os benefícios dessa prótese estão o encaixe em carbono com liner que permite melhor conexão (suspensão) entre o coto do usuário e a prótese; o joelho possui menor resistência e oferece maior impulso ao atleta; e a lâmina de corrida, fabricada sob medida e em fibra de carbono, que confere uma maior armazenamento e devolução de energia, ou seja, um maior desempenho com menor gasto enérgico ao atleta”, explica Emerson Bovo, mestre em Ortopedia Técnica pela Escola Federal Alemã de Ortopedia Técnica (BUFA) e gerente da Ottobock Brasil.
Em resumo, o grande benefício está na utilização da fibra de carbono, que é extremante leve e possui um comportamento biomecânico de maximização da energia empregada durante a prática esportiva.
Daniel Dias conta tem “joelho biônico” para a preparação física
Apesar de não nadar com prótese, o medalhista paralímpico Daniel Dias conta com a prótese Ottobock para preparação física e fazer as atividades cotidianas, como caminhar. Segundo o especialista, o objetivo maior com o Daniel é restabelecer o membro para que os movimentos do dia a dia se tornem confortáveis e naturais para garantir o bem viver do atleta.
“Ele usa o joelho eletrônico Genium, a prótese ais moderna que há com tecnologia de ponta. É a mais próxima da marcha humana. Possui sensores com inteligência artificial que simulam com bastante proximidade o que temos como musculatura. Por exemplo, se ele tropeçar, ela vai reagir fazendo com que ele tenha tempo de se recuperar e não cair. É biônico porque simula o movimento humano, possui um grupo de sensores que detecta a velocidade e o ângulo que eles está. O microprocessador vai coletar essas informações e determinar em qual posição o joelho tem que estar”, explica Emerson Bovo. O joelho é feito em alumínio e o pé em fibra de carbono, um material que armazena energia e devolve ao usuário.
“Ter uma prótese como a Genium me ajuda demais na preparação, pois eu preciso fazer academia, fortalecimento. E antes de usar eu tinha muitas dores na lombar. Toda a tecnologia que essa prótese tem me possibilita andar de forma mais adequada e também ter melhor rendimento nos treinos. Eliminando essa dor eu consigo evoluir na natação”, conta Daniel Dias.
A Ottobock mundial estará presente nos Jogos Parapan-Americanos de Lima com uma oficina ortopédica completa e técnicos de diversos países, que darão toda a assistência necessária aos paratletas.
SOBRE A OTTOBOCK
A Ottobock atua há 100 anos no mercado mundial, presente em 50 países, desenvolvendo as soluções mais modernas em órteses e próteses do mundo, sendo referência na área. Por isso, também é apoiadora internacional das Paraolimpíadas, fornecendo próteses de atletas medalhistas como Daniel Dias e Vinicius Rodrigues. No Brasil, a marca possui sede em Valinhos, interior de São Paulo, e ainda quatro unidades de atendimento e cuidado ao paciente e usuário. As Clínicas Ottobock estão localizadas em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). www.ottobock.com.br.