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17 set

Dia da Luta da Pessoa com Deficiência: Brasil realiza 80 mil amputações ao ano

Como a tecnologia e a reabilitação estão ajudando a reinserir pacientes tanto na vida pessoal, como social e profissional.

Os números são alarmantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, o Brasil realiza cerca de 80 mil amputações anualmente. Nos últimos 11 anos, foram 534 mil amputados no país, segundo o Ministério da Saúde, e só no Paraná a cada três horas uma pessoa tem o membro inferior ou superior amputado. Entre as causas, 70% dos casos são devidos ao Diabetes, seguido de acidentes de trânsito, 20%, e por fim demais traumas. Porém, a vida continua. Mas como?

Não é simples. O processo de reabilitação para a vítima da amputação é psicológico e físico. “O primeiro passo é fazer com que a pessoa consiga se enxergar usando uma prótese e fazendo as mesmas atividades que fazia antes. A maioria tem uma visão muito imediatista da situação, o que acaba dificultando o processo de adaptação”, explica o fisioterapeuta especializado em traumatologia, Rodolfo Bostelmann. E ele conhece bem esse processo. Rodolfo também sofreu uma amputação da perna direita em um acidente. “Sofri muito até encontrar uma prótese adequada e um tratamento especializado. Quando recorri à Ottobock não apenas consegui me reabilitar, mas também consegui um emprego onde estuou há seis anos”, conta.

 

A Ottobock, indústria alemã líder mundial em órteses, próteses e cadeiras de rodas de alta tecnologia, possui quatro clínicas de padrão internacional voltada para reabilitação de pessoas com deficiência, em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. O trabalho realizado na clínica envolve todos os processos de tratamento e reabilitação do paciente, baseado num protocolo desenvolvido na Alemanha e que inclui desde a confecção da prótese personalizada, até a adaptação da pessoa nas mais variadas atividades. O que dá condições para a pessoa seja inserida na sociedade, no mercado de trabalho e tenha sua vida sob controle novamente.

Foi o que aconteceu com Athus Luchesi, curitibano de 25 anos. Em março de 2018, um motorista furou a preferencial de Athus e acertou sua moto. Depois de seis meses tentando recuperar a perna, acabou acontecendo a amputação. Foram 25 cirurgias e, desde janeiro, faz o uso da prótese. “O processo de protetização foi mais fácil, para mim, do eu pensava. Coloquei a prótese e saí andando no mesmo dia sem muleta e fui me aperfeiçoando. Adaptei-me muito bem à prótese da Ottobock. Lá fui muito bem acolhido, me deram minha vida de volta. Eu pedalo, ando de bicicleta, caminho, estou aprendendo a dar passadas mais rápidas, e vou seguindo a vida. Única diferença é que eu tiro a minha prótese para dormir e pra tomar banho”, conta. Athus retornou rapidamente ao mercado de trabalho. “Hoje eu trabalho como auxiliar de marketing eu um hospital. Graças a Deus não tenho nenhuma limitação”, conclui Luchesi.

Exemplo compartilhado nas redes sociais

Ana Kelly Melo é um exemplo de superação. Após perder a perna direita após uma tentativa de suicídio e sobreviver, Ana fez de sua experiência uma missão. Pelas redes sociais ajuda outras pessoas a passarem pelas adversidades da vida e levanta a bandeira da reinserção do mercado de trabalho de pessoas com deficiência. Ela conta que há dez anos, quando aconteceu a amputação, estava no boom da lei de cotas para PcD. “Há vagas no mercado de trabalho, porém muitas não são adequadas para o profissional, estão disponíveis apenas pela lei de cotas. Falta incentivo e preparação de pessoas nas empresas. Quando você é amputado, ou você vira atleta ou não tem muita opção. Eu mostrei que há outro caminho. Hoje trabalho no RH de uma grande corporação financeira e estou ajudando a mudar essa realidade”, conta Ana, que é paciente da Clínica Ottobock São Paulo.

Prótese com tecnologia de ponta ajudou Felipe a volta a trabalhar embarcado

Um dos pilares estratégicos da Ottobock está ligado à Educação Continuada, transferência de conhecimento e na qualificação dos profissionais envolvidos no processo de reabilitação dos pacientes. “Não há no Brasil nenhum programa efetivo de formação na área de ortopedia técnica, e o trabalho que desenvolvemos, trazendo conhecimento da Alemanha, com o que há de mais moderno no mundo, vem transformando vidas e trazendo qualidade de vida para os pacientes amputados”, conta Rodolfo.

Rodolfo ainda explica que a tecnologia é uma das grandes aliadas no processo, afinal, hoje, quando se pensa em próteses, o cenário é bem diferente daquele em que se utilizava madeira, por exemplo. “Hoje possuímos tecnologia de ponta nas próteses que utilizamos disponíveis para pacientes do Brasil, que dependendo do caso, dá independência e possibilidade de total recuperação”.

Foi o que aconteceu com Felipe DO Carmo, de 32 anos. Há 10 anos ele trabalhava embarcado em uma plataforma de perfuração offshore, no Rio de Janeiro, e na manutenção de uma máquina, perdeu uma perna. “Fui um sobrevivente, pois o resgate na plataforma é diferente e complicado. Mas a empresa me deu todo o suporte e logo encontramos a Ottobock. No início fiz a reabilitação física e profissional, e não poderia voltar a trabalhar embarcado que era o que eu gostava de fazer. Porém, em 2015 a Ottobock lançou o joelho X3 que pode ter contato com a água e devido a isso fui o primeiro amputado acima do joelho para estar apto a trabalhar embarcado. Hoje trabalho com segurança do trabalho e emergências ajudando a evitar acidentes como o meu”, conta.

Ottobock Experience acontece em Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Rio de janeiro

Para lembrar o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, a Ottobock promove, em todas as cidades onde têm sede, no dia 28, o Ottobock Experience. O evento tem o objetivo de trocar experiências entre pessoas com deficiência, profissionais e familiares. O evento é destinado a usuários de próteses, órteses, cadeirantes ou ainda profissionais da saúde.

“É uma forma de mostrarmos publicamente que pessoas com deficiência podem e devem ser reinseridas na sociedade e no mercado de trabalho com respeito e orientação. Durante esse dia vamos promover atividades e palestras para o público presente, uma grande confraternização”, explica Rebeca Felippe, do marketing da Ottobock Brasil.

Os eventos são abertos ao público e acontecerão a partir das 10h nos seguintes endereços:

São Paulo: Parque Vila Lobos – Área de Piquenique
Rio de Janeiro: Aterro Flamengo
Curitiba: a confirmar.
Porto Alegre: Parque Moinhos de Vento

SOBRE A OTTOBOCK

A Ottobock atua há 100 anos no mercado mundial, presente em 50 países, desenvolvendo as soluções mais modernas em órteses e próteses do mundo, sendo referência na área. Por isso, também é apoiadora internacional das Paraolimpíadas, fornecendo próteses de atletas medalhistas como Daniel Dias e Vinicius Rodrigues. No Brasil, a marca possui sede em Valinhos, interior de São Paulo, e ainda quatro unidades de atendimento e cuidado ao paciente e usuário. As Clínicas Ottobock estão localizadas em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). www.ottobock.com.br