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12 abr

Maratonas de inovação ajudam bancos a encontrar soluções tecnológicas para demandas jurídicas

Não é de hoje que as instituições financeiras figuram no topo do ranking das empresas que mais geram reclamações dos consumidores no Brasil. Segundo dados da Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2021, das 3,3 milhões de queixas registradas no país, 29% foram referentes a bancos, financeiras e administradoras de cartões de crédito.

“Grande parte destas reclamações viram processos judiciais e, com um volume expressivo de ações para gerenciar todos os dias, essas instituições têm buscado cada vez mais as ferramentas tecnológicas para organizar e otimizar as demandas do departamento jurídico” destaca Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, lawtech especializada em inteligência e gestão preditiva. 

Neste contexto, a Deep Legal vem ampliando o seu portfólio de clientes no setor financeiro, atendendo no último ano a empresas como Banese, Banco Cetelem, Banco do Brasil e Banco Carrefour. Nos dois últimos casos, a aplicação da tecnologia da lawtech veio após a startup ser selecionada em maratonas de inovação.  

“Os hackathons e inovathons são muito importantes para manter aquecido o ecossistema de inovação e isso vem ocorrendo também no setor jurídico, que ainda é tido como conservador. Ficamos muito felizes de termos sido escolhidos para aplicarmos nossa tecnologia nessas instituições, nas quais obtivemos ótimos resultados”, destaca Vanessa Louzada. 

No caso do Banco do Brasil, por exemplo, o uso de Legal Analytics na área cível reduziu em 72% o tempo de resolução dos processos, desde a distribuição até o acordo com o cliente. Isso porque a tecnologia da Deep Legal gerou eficiência e segurança ao aplicar modelo preditivo na escolha dos melhores casos para acordo, levando em conta adicionalmente, as regras do Banco. 

Com isso, a taxa de assertividade nas negociações subiu de 68% para 95% e o volume de acordos também cresceu exponencialmente. “É importante lembrar que o consumidor está cada vez mais exigente e ciente de seus direitos. Quando a empresa faz uma negociação amigável, de forma célere, consegue manter um bom relacionamento com o cliente e isso reflete diretamente na imagem institucional da empresa”, destaca Vanessa Louzada. 

A tecnologia desenvolvida pela Deep Legal ajuda a decodificar as informações nos bancos de dados do judiciário, por meio de ferramentas como Big Data, Machinhe Learning e Inteligência Artificial. Os resultados são apresentados em gráficos que indicam ao usuário quantas ações similares existem em curso e quais os resultados desses processos, para que possa definir melhor as suas estratégias, baseadas em dados. A ferramenta pode ser aplicada em primeira e segunda instâncias das áreas cível e trabalhista e é direcionada à gestão corporativa de empresas e escritórios jurídicos que possuem grande volume de processos. 

Foto: Freepik