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27 set

Funcionários insubordinados: quatro dicas para o líder evitar a rebeldia da equipe e conflitos na empresa

Alcançar um cargo de liderança não é uma tarefa fácil. Ainda assim, segundo a pesquisa Marca Empregadora, da consultoria Randstad, realizada com 3.770 pessoas no Brasil e divulgada em 2022, o número de trabalhadores que querem crescer profissionalmente aumentou depois da pandemia de Covid-19. Para 75% das pessoas entrevistadas, a possibilidade de progressão de carreira foi aquela considerada a mais atraente na escolha pelo emprego. Contudo, é necessário lembrar que cargos mais altos em uma empresa demandam, muitas vezes, um papel de liderança. E é nesse ponto que podem residir problemas de autoridade e submissão.

Ao chegar a um cargo de que demanda gestão, conforme explica a mentora de líderes Carol Castro, que é criadora do método Líder HOP de desenvolvimento de equipes de alta performance, não é incomum encontrar pessoas que enfrentam a insubordinação de colaboradores perante sua autoridade. Para contornar essa questão, a especialista faz um alerta: “a raiz da submissão é a mesma da autoridade”. Ou seja, a dificuldade de uma pessoa em se submeter a uma regra empresarial dá origem a incapacidade dos outros, quando são seus colaboradores, de se submeter a esse líder.

Isso é perceptível sempre quando alguém exerce a autoridade como líder, e não quando está na condição de subordinado, segundo a mentora. “Eu sempre digo: não vai doer falar que você se submete a uma regra. Quando um líder toma esta atitude de não se submeter, se enquadra no perfil de rebeldia, a posição de quem quebra as regras do sistema. Isso contamina o time do líder, que também se sente à vontade de se tornar rebelde contra ele”, afirma. 

Carol Castro aponta quatro dicas para que um líder evite rebeldia da equipe e conflitos entre autoridade e submissão. Confira!

1 – Reflita sobre sua submissão 

Estar submisso a uma pessoa em uma empresa é se dispor a obedecer, seja a um gerente, gestor ou diretor, por exemplo. Em outras palavras, conforme explica a mentora, isso significa submeter a sua voz, suas decisões ou mesmo a própria autoridade a autoridade de outra pessoa. A partir disso, a mentora sugere uma reflexão sobre como o líder tem se posicionado em relação às decisões superiores a ele dentro do ambiente corporativo. “Todos somos dotados de vontade própria sobre nossa vida e de poder de decisão. Mas quem é digno de ter autoridade sobre você? Da mesma maneira, é importante se perguntar, enquanto líder, se você tem sido digno de que outra pessoa fique subordinado à sua vontade. É importante refletir se agimos com rebeldia”, reflete.

2 – Trabalhe sua submissão 

Carol comenta que é natural que uma pessoa não concorde com tudo o que lhe é solicitado em uma empresa. Entretanto, é importante que alguém, na posição de líder, faça um exercício de se submeter às decisões superiores para o bom andamento do trabalho e para servir de exemplo para a sua equipe. “É uma tarefa dolorida, mas necessária. Não adianta ficar sempre no lugar de rebeldia, ou a equipe vai se posicionar da mesma maneira”, afirma. Para a mentora, muitos casos como esse refletem a imaturidade do líder em não aceitar autoridade de outra pessoa, o que pode respingar no tratamento que ele recebe de seu time. “Um deslize pequeno pode fazer com que alguém perca seu poder de liderança perante os colaboradores”, diz. 

 

3 – Saiba como tratar da insatisfação de seu time 

Quando uma pessoa está na posição de líder e a decisão sobre uma reclamação da equipe escapa de seu poder, ou seja, ele precisa levar essas questões para quem decide, é preciso ficar atento às próprias reações. Nesse momento em que funcionários estão insatisfeitos e reivindicam alguma demanda, quem está à frente de uma equipe não pode morder a isca desta reclamação e não deve mostrar concordância ou discordância com o fato apresentado. “Quando eu expresso a minha opinião e aceito como correta uma demanda do time, por exemplo, eu me revolto contra a empresa. Isso fere a minha submissão aos meus gestores”, explica Carol.

Segundo a mentora, o papel do líder é colher as informações e levá-las para quem pode revolver o problema. “Chegue na coordenação da empresa e tente argumentar. Seja qual for a decisão, isso precisa ser repassado aos colaboradores, sem opiniões ou juízo de valor”, aconselha. 

  

4 – Honre a posição de líder 

Se alguém gere uma equipe e responde por ela aos seus superiores, precisa honrar esse cargo que ocupa. Isso significa que ela deve representar e concordar com os anseios da organização perante esse grupo de colaboradores para que os resultados sejam atingidos. “Se alguém é líder, significa que está abaixo de uma hierarquia. Então, precisa concordar com o que aquela instituição faz. Independente das opiniões pessoais, o líder deve responder aos seus superiores. Se ele não concorda com algo, deve se dirigir a quem toma as decisões e não pode falar mal da empresa com seu time. Caso não consiga mais aceitar as regras e decisões, o melhor é avaliar se vale a pena permanecer nessa empresa”, explica. 

De acordo com Carol Castro, quando um líder passa a concordar com a organização ou é convencido sobre os valores do local de trabalho, a submissão acontece de forma natural. “Quando isso acontece, a missão já está nas mãos do líder. Ele também entendeu as metas da empresa e agora consegue transmitir isso para os seus subordinados e fazer sua autoridade valer”. 

 

Sobre Carol Castro 

Melhorar rotinas e processos e aprimorar o contato entre lideranças e colaboradores. Essas e outras atividades estão dentro do trabalho promovido pela mentora de líderes Carol Castro, que atua com palestras e eventos para empresários e líderes no aperfeiçoamento do trabalho corporativo. Carol trabalhou por 15 anos em uma multinacional Suíça de dispositivos médicos e odontológicos, na qual ingressou pela sua formação em Odontologia e, com isso, foi contratada para a área de pesquisa e desenvolvimento. Porém, dentro da empresa passou a focar seu trabalho na formação de lideranças e para o alcance de resultados em diferentes setores da empresa. Periodicamente, seu trabalho com os líderes das equipes era destinado a uma nova área, que tinha os processos aprimorados com a ajuda dos conhecimentos que Carol adquiriu, seja com fontes de estudo ou com o contato que tinha com as pessoas dentro da empresa. Dessa forma, desenvolveu o método Líder HOP (Human and Organizational Performance – Desempenho Humano Organizacional, na tradução para o português), um conjunto de práticas para melhorar os processos empresariais e que envolve capital humano, transformação organizacional e alcance de metas e resultados. Em 2022, após 15 anos na multinacional, a mentora passou a aplicar o HOP em outras empresas, com imersões para líderes mudarem a realidade de suas equipes. 

Instagram: @carolcastrohop
LinkedIn: https://br.linkedin.com/in/carolcastrohop 

Site: https://metodohop.com.br/instituto