Andar e subir degraus estão entre as principais dificuldades das pessoas com deficiência no Brasil
Com tecnologia de ponta, pé protético desenvolvido na Alemanha chega ao Brasil e oferece uma caminhada mais segura e natural para pessoas amputadas mesmo em terrenos irregulares ou inclinados
O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas com deficiência acima de dois anos de idade segundo informações da PNAD Contínua 2022, divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste universo, a maior dificuldade funcional relatada pelas pessoas com deficiência está em andar ou subir degraus. Em seguida, estão a dificuldade de enxergar (ainda que com o auxílio de óculos ou lentes de contato) e de aprender, lembrar das coisas ou se concentrar.
E para trazer mais qualidade de vida e autonomia às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, novas tecnologias têm sido desenvolvidas e incorporadas às órteses e próteses, auxiliando os usuários nas atividades diárias. Uma das inovações que acaba de chegar ao mercado brasileiro é o pé protético Evanto, desenvolvido pela empresa alemã Ottobock e que atua há 49 anos no Brasil. A prótese utiliza tecnologia de ponta para proporcionar uma caminhada mais segura e natural ao usuário mesmo em terrenos irregulares, rampas ou escadas.
“Com um design inovador, essa prótese armazena a maior quantidade possível de energia no apoio do calcanhar e devolve-a na retirada dos dedos para uma propulsão otimizada. Além disso, apresenta uma excelente propriedade de absorção de impacto, trazendo mais estabilidade e conforto, sem sobrecarregar o joelho”, explica Thomas Pfleghar, diretor de Academy da Ottobock na América Latina.
O equipamento foi pensado para ambientes internos e externos e é resistente à água doce, salgada e clorada, proporcionando maior liberdade ao usuário. Outro diferencial está na flexibilidade lateral que permite caminhar e ficar relaxado mesmo em pisos inclinados, trazendo mais estabilidade do que as próteses convencionais.
Thomas Pfleghar lembra que a tecnologia da prótese é resultado de extensos testes com os usuários para reproduzir no equipamento o mesmo movimento e força aplicados na caminhada, tornando a experiência mais próxima possível do natural. “Embora o membro fisiológico tenha habilidades superiores, usamos seus movimentos como referência para construção otimizada dos nossos equipamentos e proporcionar mais conforto para os usuários”, destaca. “Além disso, o usuário pode personalizar o antepé e o calcanhar conforme as suas necessidades, para que a prótese se adapte o máximo possível ao seu corpo”, complementa.
O pé protético Evanto foi lançado em outubro no Brasil durante o VIII Congresso Latino-Americano e XIV Congresso Brasileiro de Ortopedia Técnica, evento promovido pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC). A prótese é indicada para pessoas de até 125 kg e pode ser usada tanto por amputados transfermorais quanto os transtibiais.
Sobre a Ottobock
Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.