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19 dez

Atletas do paradesporto celebram a inclusão social pelo esporte

O Dia do Atleta, celebrado em 21 de dezembro, é uma data para reconhecer e valorizar os esforços de quem se dedica em tempo integral a superar os próprios limites. No caso dos atletas que convivem com alguma deficiência, a rotina de treinos que já é pesada, é ainda mais intensa, já que são muitas as barreiras enfrentadas pelos PCDs para alcançar autonomia e independência na sociedade.

Neste contexto, contar com recursos tecnológicos de ponta pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento pessoal e profissional desses atletas. Para a medalhista paralímpica Mariana Gesteira foi nas piscinas que ela conquistou o seu espaço. Medalha de bronze nos 100 metros livres e nos 100 metros costas nas Paralimpíadas de Paris, ela tem a síndrome de Arnold-Chiari, que afeta a coordenação motora e causa muitas dores articulares. No caso da nadadora, o uso de uma scooter (cadeira de rodas motorizada) é fundamental para que ela possa seguir com os treinos mesmo em meio às crises de dor. “A scooter mudou a minha vida de forma geral, minha independência. Poder sair sozinha depois de um treino que exigiu muito de mim, por exemplo, é muito gratificante”, afirma a nadadora, que além da scooter, utiliza também uma cadeira de rodas manual, modelo Ventus da Ottobock, empresa alemã especializada em tecnologia assistiva.

Foi também pelo esporte que o triatleta e palestrante Pauê Aagaard conseguiu se reencontrar após um acidente em 2000, no qual teve os dois pés amputados. Desde então ele conta com a tecnologia para as atividades diárias, com uso de diferentes próteses. “No meu caso, ou era ficar na cadeira de rodas ou usar as próteses. E eu acredito que todo o meu desenvolvimento – fui campeão mundial de Triathlon, o primeiro triatleta biamputado do Brasil na época e também fui o primeiro surfista biamputado do mundo – com certeza só consegui por causa das próteses, devido à autonomia que elas proporcionam”, explica o paratleta que hoje se dedica a palestras motivacionais, compartilhando a sua história com a nova geração.

E essa mesma paixão pelo esporte é o que move o triatleta Edson Dantas, de 58 anos. Ele perdeu uma das pernas em 1992 ao ser empurrado para fora do trem durante um arrastão. “O começo foi muito difícil, eu fiquei um ano mal, não me aceitava. Mas graças a Deus descobri no esporte uma forma de viver bem e ser feliz. Voltei a trabalhar e a jogar bola, fazer capoeira. Em 2000 eu comecei a correr e aí minha vida mudou totalmente. Eu acho que o esporte é a melhor forma de você se sentir melhor, resgatar a autoestima. Eu costumo dizer que a melhor forma de reabilitação é pelo esporte, porque depois de tudo o que eu passei, me tornei um atleta de alto rendimento e tive muitas conquistas importantes”, lembra o paratleta que já percorreu o mundo participando de competições e maratonas e atualmente também pratica capoeira, Muay Thai e MMA.

Para a rotina de treinos os atletas contam com diferentes soluções de tecnologia assistiva, adaptadas para situações específicas. “Eu tenho próteses específicas para corrida com lâminas de carbono específicas para correr, tenho próteses para água, que têm vedação e permitem o contato com o mar e a piscina. Tudo isso traz muita liberdade aos meus treinos”, ressalta Pauê Aagaard.

“Uma das principais preocupações da nossa equipe de pesquisa e desenvolvimento é fornecer tecnologia de ponta para que as pessoas amputadas possam manter as suas rotinas, realizando as atividades que mais gostam de forma natural, sem limitações”, destaca o diretor da academy na América Latina da Ottobock, Thomas Pfleghar.

Sobre a Ottobock

Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são sete clínicas ottobock.care, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife e Salvador.