Curitiba recebe a 1ª edição dos Jogos Brasileiros para Transplantados
Jogos têm o objetivo de ressaltar a importância da atividade física para os transplantados e chamar atenção para a doação de órgãos.
A capital paranaense será sede da primeira edição de um evento esportivo mais do que de especial: os Jogos Brasileiros para Transplantados. A competição já tem sua edição Latino Americana e também Mundial e tem o principal objetivo de ressaltar a importância da atividade física para os transplantados, além de conscientizar as pessoas sobre a doação de órgãos. O anúncio dos Jogos foi feito pelo prefeito de Curitiba Rafael Greca nesta quarta-feira (28).
“Curitiba mais uma vez faz história ao receber essa 1ª edição dos Jogos. É uma ideia muito bonito, muito inteligente, que vai iluminar o Brasil com a ideia da importância da doação de órgãos para que a vida em plenitude sempre continue”, afirmou o prefeito da capital
A realização dos Jogos é da Prefeitura de Curitiba /SMELJ com apoio da ABTx– Associação Brasileira de Transplantados, entidade que dá apoio e orienta as pessoas que passaram pelo processo em todo o Brasil. Os Jogos acontecerão de 21 a 24 de novembro em quatro modalidades: atletismo (100, 200, 400, 800 metros e 1,5 km); corrida de rua (6 km); natação (50m livre, 100m livre, 50m costas e 400m livre) e tênis. As inscrições serão gratuitas e são esperados atletas de várias cidades do Brasil.
“Para nós a realização desses Jogos é extremamente importante. Tanto para aumentar a conscientização sobre a importância da doação de órgãos, quanto para mostrar ao transplantado que ele é totalmente capaz de levar uma vida normal. O esporte é saúde e para quem fez transplante não é diferente”, comenta Edson Arakaki, presidente da ABTx.
Dentre os principais benefícios da atividade física estão o combate ao excesso de peso; a melhora na autoestima; diminuição da depressão, estresse e cansaço; aumento da disposição; fortalecimento do sistema imune; melhora da força e resistência muscular; fortalecimento de ossos e articulações; diminuição do risco de doenças cardiovasculares.
“A prática de exercícios físicos ainda ameniza o efeito colateral de vários medicamentos”, complementa Rodrigo Swinka, representante da ABTX no Paraná. Swinka é transplantado de rim e já participou dos Jogos Latino Americanos para Transplantados em 2018, trazendo medalhas para o Brasil.
SOBRE A CAUSA
- Em dezembro de 2018 30.684 pessoas estavam na fila de espera por um transplante.
- Mesmo com o aumento no número de transplantes ano a ano, em 2018 morreram 2.851 pessoas na fila do transplante.
- De acordo com Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, os hospitais brasileiros identificaram nos primeiros seis meses de 2018, 51,1 possíveis doadores para cada 1 milhão de pessoas, mas o número de pacientes que realmente tiveram seus órgãos doados foi de 17 a cada 1 milhão de pessoas.
- Dentre os fatores que travam o aumento da doação de órgãos estão a contraindicação médica, parada cardíaca ou a não confirmação da morte encefálica. Os três representam 43% do total de causas para a não concretização da doação.
- Os outros 57% que impedem a doação de órgãos são o não consentimento das famílias. A falta de informações sobre o assunto é o principal fator que impede de salvar a maioria das pessoas que aguardam por um órgão.
Mais informações: www.abtx.com.br