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31 ago

Curitiba será a primeira cidade do Paraná a participar do programa Favela 3D

Curitiba está muito perto de ser a primeira cidade paranaense a participar do programa Favela 3D. O projeto, que nasceu da ONG Gerando Falcões, tem o objetivo de transformar os espaços de favela com uma atuação sistêmica que propõe soluções de desenvolvimento e urbanismo social, cocriadas em participação com a população local. O Favela 3D já é realidade em São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará e e no Rio Grande do Sul, e agora, chega a Curitiba, nas comunidades da Portelinha, no bairro Santa Quitéria, e Jardim Santos Andrade, no Campo Comprido.

 

A ideia do projeto é formar uma rede entre iniciativa privada, órgãos públicos e ONGS para colocar em prática diversas fases de um grande projeto que visa transformar as favelas em diversos aspectos: cultural, educacional, de urbanismo, entre outros.  Na capital paranaense ele será coordenado pela Gerando Falcões e executado pelo Instituto Incanto, única unidade acelerada da Rede Gerando Falcões no Paraná.

 

“A relação entre o Incanto e a Gerando Falcões começou em 2019, quando participamos da primeira turma da Falcons University, o braço educacional da instituição. Em seguida participamos do programa de aceleração da Gerando Falcões, e então fomos convidados a trazer para Curitiba o projeto Favela 3D, para ser aplicado nas duas principais favelas em torno do Centro Cultural Incanto”, comenta Camila Casagrande, fundadora do Instituto Incanto.

 

O Incanto é uma ONG que tem como missão transformar a vida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social usando a arte, cultura, esporte, educação, tecnologia e a qualificação profissional como ferramentas de humanização e desenvolvimento.  Ele foi lançado oficialmente em 2017 e atualmente atende 650 crianças e adolescentes com suas atividades. Quase 700 já se formaram nos cursos de qualificação profissional oferecidos pelo Instituto e mais 1000 ainda vão se formar em 2023. O Incanto tem a sua sede, na qual realiza atividades, também está em 10 associações de moradores de favelas diferentes, e ainda trabalha com 27 ONGs parceiras distribuindo suas atividades em 32 comunidades diferentes.

 

“Nosso objetivo é aplicar o Projeto Favela 3D com excelência, para que possamos validar essa tecnologia social como solução para as favelas daqui, e possamos replicar esse modelo atingindo o maior número de favelas possível do nosso estado”, afirma Camila.

 

Favela 3D em Curitiba

 

O Favela 3D em Curitiba está em fase inicial. Até o momento foram realizadas a etapa do diagnóstico da comunidade e também o planejamento inicial do projeto. Camila Casagrande, do Instituto Incanto, e Eduardo Lyra, idealizador do Gerando Falcões, inclusive já estiveram reunidos com o governador Ratinho Junior em julho e o próximo passo será a assinatura do Termo de Cooperação entre o Estado do Paraná, Município de Curitiba e a Gerando Falcões, para que a partir disso o Incanto possa começar a operação no território junto com a comunidade.

 

“Nossa missão é transformar a pobreza em uma peça de museu e, para isso, criamos o projeto Favela 3D, que significa Digital, Digna e Desenvolvida. Por isso, viemos apresentar ao governador Ratinho Junior como uma solução para o enfrentamento à pobreza nas favelas, demonstrando os resultados que temos obtido, como a redução do analfabetismo e das taxas de desemprego, além do fim das filas em creches”, disse Lyra.