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14 nov

Dia Mundial do Diabetes: doença causa metade das amputações de membros inferiores no Brasil; uso de próteses requer acompanhamento contínuo

Equipe de especialistas em próteses e de fisioterapeutas auxilia na adaptação de pacientes que passaram pelo procedimento. Segundo empresa líder do segmento, cuidado precisa ser intenso com o paciente 

 

No dia 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, doença que pode causar amputação de membros inferiores. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), ao todo, entre janeiro de 2012 e março de 2022, 70 pacientes por dia passaram por esses procedimentos, o que representa aproximadamente 245 mil brasileiros que sofreram amputação. Desse total, conforme a instituição, mais da metade é de pessoas que desenvolveram a síndrome do pé diabético, complicação que resulta na retirada do membro. Com isso, além da prevenção dos casos, é necessário também um acompanhamento rotineiro de pessoas que passaram por amputações e necessitam de adaptação ao uso de próteses.

Foi o caso do aposentado Roque Oliveira Silva, 64 anos, que mora no Rio de Janeiro. Ele faz tratamento contra a doença há 30 anos e precisou passar por uma cirurgia de amputação transtibial, quando os médicos retiram parte da tíbia e da fíbula, ossos que compõem a panturrilha. O procedimento foi necessário devido às complicações da doença no ano de 2019, quando ele começou a sentir dores no pé direito. “A dor era no dedão do pé e não tinha nenhum ferimento aparente. Até que o dedo começou a sangrar e infeccionou. Depois de mais ou menos cinco dias o pé ficou preto, fui ao médico e foi decido que seria melhor fazer a amputação”, explica.

A cirurgia foi realizada em maio do mesmo ano e foi necessário retirar o pé e parte da perna direita cinco centímetros abaixo do joelho. Desde então, o aposentado tem passado por mudança em sua rotina para adaptação ao uso de próteses. Em novembro de 2021, após passar dois anos praticamente em casa, com pouca mobilidade, ele começou a utilizar uma prótese da Ottobock, empresa alemã líder na produção desses equipamentos. Desde então, com visitas semanais à clínica da Ottobock na capital fluminense, ele faz sessões de fisioterapia e ajustes para melhorar sua mobilidade.

“Fiquei muito tempo em casa depois da cirurgia, mas agora consigo sair quando preciso ir ao mercado ou ir à igreja. Sou um homem tranquilo e procuro superar essa situação, me sentindo feliz com o que eu puder. E o tratamento que tenho recebido na clínica tem sido muito importante, apesar de eu ainda ter algumas dificuldades”, explica. 

 

Acompanhamento constante é essencial

O alto número de pessoas amputadas em decorrência do diabetes faz com que o setor de próteses esteja atento a medidas de adaptação e recuperação de pessoas que tenham passado pelo procedimento. A Ottobock avalia que entre 30% e 40% das pessoas atendidas pela empresa tenham passado por amputação de membros inferiores em decorrência da doença.

Segundo o diretor de MedicalCare e Academy na América Latina da Ottobock, Thomas Pfleghan, a chegada de um paciente à clínica para a protetização, ou seja, a aplicação da tecnologia e seu ajuste para a pessoa, é somente o primeiro passo. Um acompanhamento da equipe técnica de próteses em conjunto com fisioterapeutas segue conforme a necessidade de cada paciente. “O cuidado com quem utiliza uma prótese precisa ser intenso, pois a amputação é a consequência final da doença. Devemos observar sempre o corpo do usuário como um todo”, explica o especialista.

As próteses produzidas precisam atender a um público amplo, conforme aponta Pfleghan. “O nível da cirurgia varia dependendo do local em que ocorre a infecção causada pelo diabetes. Em especial, isso acontece primeiramente nos pés, como foi o caso do nosso paciente no Rio de Janeiro. É ideal que haja uma variedade de tecnologias que se apliquem às mais diversas causas de amputação”, afirma.

 

Sobre a Ottobock 

Fundada em 1919, na Alemanha, a Ottobock possui desde então tecnologias que combinam diversão e inventibilidade com coragem e tenacidade. A empresa desenvolve soluções para tornar a rotina dos pacientes mais acessível. Em seu escopo de trabalho, a instituição investe em próteses (equipamentos usados quando o paciente é amputado); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (oferecendo cadeiras para locomoção, com tecnologia adequada à necessidade da pessoa). Em sua atuação na América Latina, a empresa atende, além do Brasil, países como México, Colômbia, Equador, Peru, Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. No Brasil, atualmente são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador e, em breve, contará com a nova clínica em Goiânia.