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30 ago

Escola de Curitiba é a única selecionada do Paraná no projeto da ONU Meio Ambiente

Das 25 escolas que participaram do desafio “Mares Limpos”, promovido pela ONU Meio Ambiente, 10 estão entre as finalistas do projeto, que pode ter uma escola curitibana vencedora.

A iniciativa foi lançada nas escolas com a proposta de incentivar professores e alunos a desenvolverem ações que reduzissem o consumo de plásticos descartáveis.

 A Escola Pedro Apóstolo, de Curitiba, abraçou a causa e é uma das finalistas do projeto. Foram 50 dias de atividades que iniciaram em maio e reuniu ações lúdicas criadas pelos professores e alunos do 7º e 8º ano. “Os próprios alunos escolheram o tema com o auxílio dos professores, que também participaram ativamente, cada um deles trazendo a campanha de forma interdisciplinar para cada uma das disciplinas. Desta forma, as turmas decidiram trabalhar qual o impacto, principalmente da poluição do plástico, para os oceanos”, explica Carolina Paschoal, diretora da escola.

O projeto principal, chamado “O impacto do plástico nos oceanos” teve o objetivo de fazer com que os alunos, funcionários da escola e toda a comunidade observasse a quantidade assustadora de lixo plástico descartável produzido por um grupo de 14 estudantes e suas famílias. Para isso, os alunos levavam o lixo acumulado até à escola e, juntos, construíram um painel no portão da instituição. “Queríamos ver o que realmente as famílias usavam de plástico. Foi um projeto super legal, e além da gente conseguir realmente medir o impacto de consumo plástico durante esse período, também vamos doar toda a quantidade acumulada para uma usina de reciclagem, para que esse lixo tenha o descarte correto”, diz Ana Cláudia Cruz, diretora pedagógica da escola e que também esteve na coordenação do projeto.

Com as ações de conscientização, o projeto foi atraindo a atenção de todos os outros alunos, que passaram a praticar hábitos sustentáveis, como a aluna Eduarda Anderle Prado, do nono ano.  “Mudamos o canudo de plástico para o de metal, sacolas plásticas por retornáveis e aprendemos que quanto mais pessoas praticarem essas pequenas ações, podemos mudar o mundo para melhor”, conta Eduarda.

A festa junina deste ano, por exemplo, conseguiu promover o evento 98% livre de plástico. A escola também sugeriu que os alunos levassem as próprias garrafas de água, para evitar o uso do copo plástico. “Ficamos muito felizes com o engajamento dos alunos, professores e colaboradores. Pretendemos continuar realizando projetos que façam a diferença dentro e fora da escola”, afirma a diretora.

Outro projeto realizado dentro do desafio da ONU Meio Ambiente, foram as entrevistas com os funcionários da escola. “Descobrimos que a escola já faz há algum tempo projetos para reduzir o consumo, como caneca de porcelana em vez de copo plástico. Parece pouco, mas faz uma grande diferença”, conta Fabrício Gogola, aluno do 8º ano.

As outras nove escolas selecionadas para a escolha do melhor projeto são de Ribeirão das Neves (MG), Águas Belas (PE), Alvorada (RS), Itajaí (SC), Campinas, Campos do Jordão, Cananeia, Itanhaém e Rio Claro, todas no estado de São Paulo. “A partir do momento em que o aluno trabalha toda essa importância de reduzir o plástico dentro da escola, isso acaba refletindo em casa e no relacionamento com os pais e amigos Esperamos que outras escolas também se sintam motivadas a tentar reduzir o plástico, pois com certeza o ambiente irá agradecer”, garante a diretora Carolina Paschoal.

De acordo com a ONU, de 60% a 80% de todo o lixo no mar é plástico. A estimativa é de que até 2050 teremos mais plástico do que peixes no mar. “Eu estou sempre tentando melhorar depois de ver, por meio do projeto, a quantidade de lixo que geramos e o impacto que isso causa para o meio ambiente. De pouquinho em pouquinho, estou convencendo meus pais e os amigos que não sabem do projeto a não usar tanto plástico”, conclui o aluno Fabrício.