[POLÊMICA SAMU PG] Com duas liminares contra, empresa segue na gestão do SAMU de forma ilegal gerando multa diária à Prefeitura de PG
Sem atestado de capacitação técnica, Salva Serviços Médicos está à frente do SAMU dos Campos Gerais com falta de ambulâncias, equipamentos e profissionais da saúde.
Nesta sexta-feira, 07, mais uma liminar foi concedida contra a operação da empresa Salva Serviços Médicos selecionada pelo consórcio CIMSAMU, para assumir a gestão do SAMU de Ponta Grossa e Campos Gerais. Essa foi a segunda vez que a 1ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa, determinou o impedimento da contratação da empresa para assumir o contrato. Ignorando tais decisões judiciais, o diretor do CIMSAMU, Jaime Nogueira, mantém a Salva trabalhando, em descumprimento às duas determinações judiciais, e submetendo o Consórcio ao pagamento de multa diária de dez mil reais, pela desobediência.
Ambas as liminares apontam irregularidades no pregão eletrônico e proíbem a contratação da empresa selecionada, que, na noite de quarta-feira, 05, de maneira imprevista e desorganizada, assumiu precariamente o SAMU, deixando várias localidades sem a assistência do SAMU, por várias horas.
A empresa que até então era responsável pela gestão do SAMU, OZZ Saúde, vem tentando por meios legais restabelecer o serviço de qualidade do SAMU, sem entender a decisão do consórcio por uma empresa sem experiência em gestão pública de saúde.
“Nosso contrato de seis meses acabou agora em agosto e estávamos também participando da licitação para o novo contrato. Ninguém entendeu por que foi selecionada uma empresa que nem mesmo estava sendo considerada devido à falta de documentos necessários e exigidos pelo edital. Lamentamos a decisão e, principalmente, estamos vendo na prática as consequências dessa decisão por parte dos governantes. Nós da OZZ Saúde seguimos com a gestão da Central de Regulação da Operação, pois é um contrato diferente, e já registramos atendimentos falhos ou não efetuados por falta de ambulâncias, insumos, profissionais capacitados e equipamentos. Quem sofre é a população”, explica Eduardo Zardo, diretor comercial da OZZ Saúde.
Das falhas registradas, vale o registro da falta de combustível em ambulância de Irati, falta de equipe e viatura em Telêmaco Borba, Irati sem equipamentos para atendimento de urgência e emergência, Imbaú sem atendimento por estar sem material.
“Esses são apenas alguns exemplos dos relatórios que recebemos nos últimos dias – como procedimento regular – na Central de Regulação da Operação da região dos Campos Gerais. Queremos é respostas e entender o por que dessa irresponsável escolha pelos gestores da saúde de Ponta Grossa”, finaliza.